Introdução
- O que a escola deve fazer para, formar o
aluno em conhecimentos, habilidades, valores, atitudes, formas de pensar e
atuar na sociedade através de uma aprendizagem que seja significativa?
Relacionando a
comunicação com a educação é possível realizar trabalhos que possibilitem à
criança o exercício da leitura critica da mídia de tal forma de adquirir também
cidadania, valorização cultural e um contato claro da realidade sociocultural na
qual está inserida, criando-se desta maneira aquilo que Moran[1]
nos indica como “ aprendizagem significativa”.
Tal questão foi colocada José
Manuel Moran em entrevista televisiva. A resposta dada pelo doutor nos leva a
reflexão:
A escola precisa re-aprender a ser uma organização
efetivamente significativa, inovadora, empreendedora. A escola é previsível
demais, burocrática demais, pouco estimulante para os bons professores e
alunos. Não há receitas fáceis, nem medidas simples. Mas essa escola está envelhecida
nos seus métodos, procedimentos, currículos. A maioria das escolas e
universidades se distancia velozmente da sociedade, das demandas atuais.
Sobrevivem porque são os espaços obrigatórios e legitimados pelo Estado. A
maior parte do tempo freqüenta as aulas porque somos obrigados, não por escolha
real, por interesse, por motivação, por aproveitamento. As escolas
conservadoras e deficientes atrasam o desenvolvimento da sociedade, retardam as
mudanças[2].
De acordo com Moran, a escola
está cada vez mas, atrás da sociedade e em conseqüência disso acaba por se
distanciando dos problemas reais existente na sociedade e deixando a
aprendizagem sem sentido, ou seja, sem significado.
Como favorecer a aprendizagem significativa no
contexto escolar?
Partindo de situações concretas, de histórias,
cases, vídeos, jogos, pesquisa, práticas e ir incorporando informações,
reflexões, teoria a partir do concreto. Quanto menor é o aluno mais práticas
precisam ser as situações para que ele as perceba como importantes para ele.
Não podemos dar tudo pronto no processo de ensino e aprendizagem. Aprender
exige envolver-se, pesquisar, ir atrás, produzir novas sínteses fruto de
descobertas. O modelo de passar conteúdo e cobrar sua devolução é ridículo. Com
tanta informação disponível, o importante para o educador é encontrar a ponte
motivadora para que o aluno desperte e saia do estado passivo, de espectador.[3]
Inspirados nos
trabalho de Mario Kaplun[4],
Paulo Freire[5],
Grácia Maria Lopes de Lima Soares e Teresa Melo[6],
acreditamos que se utilizarmos novas tecnologias, que estão presentes na vida
dos estudantes podemos realizar a “aprendizagem significativa”, tornando os
alunos autores.
Após algumas
discussões com a professora com o grupo de Educomunicação (que relaciona
educação com comunicação) na Faculdade Sumaré – matriz percebe que o aluno
matriculado em escolas publica, da rede estadual, do estado de São Paulo, é
bombardeado diariamente com propagandas e programas que incentivam o consumo
por isso o trabalho de foi escolhido como tema do nosso trabalho.
As utilizações de ferramentas, como Blog[7],
auxiliam na formação de autores e na aprendizagem com significado? O interesse
deste trabalho de pesquisa é como se dá a relação entre educação e mídia, por
meio da análise de práticas já existente com o uso da ferramenta Blog,
realizando o exercício da escrita realizada no espaço virtual, que auxilia na
de formação de autores e dá significado a aprendizagem escolar, pois a partir
do momento em que o aluno escreve para alguém, que não é o professor, começa a
criar o prazer em escrever, pois só se aprende a escrever escrevendo.
Enquanto estávamos
no projeto BEPA (Bolsa Alfabetização[8]),
como auxiliar de sala e realizando observação das práticas realizadas pelo
professor, percebemos que atualmente a mídia está muito presente hoje em nossa
realidade em diversas formas, tais como: Rádio, Televisão, Internet, entre
outros, de certa forma não deixam de nos influenciar em nossas opiniões sobre
diversos assuntos e com isso acreditamos em muitas coisas que são passadas para
nós, sem saber se as noticias são verdadeiras ou não, gerando em muitas pessoas
uma alienação, ou uma opinião unilateral de fato. Por outro lado podemos
utilizar essas mídias para a formação de pessoas mais críticas, por exemplo, se
utilizamos a internet para nossas pesquisas, não se satisfazendo com o primeiro
resultado apresentado, mas sim, com a comparação deles, ou no caso da
utilização do rádio para nos informarmos de qualquer lugar, sobre as notícias
de nossa cidade, bairro, ou até mesmo dos acontecimentos mais recentes da
escola.
Ela, na maioria das
vezes, ignora essas informações que a criança carrega, esquecendo que ela
possui uma espécie de “bagagem cultural” criada pelos meios de comunicação que
ela tem acesso, deixando de lado os seus conhecimentos prévios por meio do ambiente sócio cultural em que a criança
está inserida e que o contato dela com a escola é muito menor se comparado o
tempo que passa utilizando as tecnologias voltadas para a comunicação.
O objetivo deste trabalho
é refletir sobre a utilização das tecnologias, para a “Aprendizagem
significativa” de crianças de sete e oito anos tornando-as autoras, mesmo que
não dominem totalmente todas as regras da escrita, porque assim que depois de
alfabetizada ela passará para a utilização de suas habilidades para escrever e
se utilizar de sua escrita com sentido e significado, dentro e fora do contexto
escolar.
É
importante ressaltar que nossa pesquisa passou por diversas mudanças, de acordo
com a realidade encontrada, por isso um
dos motivos de realizarmos a pesquisa etnográfica é que esta nos levou ao
contato com a realidade (real e virtual), uma vez que o autor: Magnani nos diz
que a pesquisa etnográfica:
A pesquisa etnográfica em
sociedades desconhecidas exige familiaridade com o que é estranho, já na
pesquisa etnográfica em nossa própria sociedade será preciso estranhar o que
nos é familiar. Magnani é um dos autores que propõe fazer etnografia na cidade
utilizando um olhar “de perto e de dentro” em busca de captar os mecanismos dos
atores sociais que não são visíveis quando se olha “de longe e de fora”. Essa
troca é a principal característica do trabalho etnográfico e os modelos
explicativos extraídos dessa troca serão sempre o resultados do intercâmbio
entre a teoria dos nativos e as teorias e explicações do pesquisador e, claro,
sem perder de vista o quadro mais amplo no qual os fenômenos acontecem.
Esperamos contribuir de forma
significativa para que haja uma reflexão, mesmo que pequena diante da realidade
que se apresenta nas escolas. Sabemos que cabe á nós, como futuros educadores
não somente criticar, mas propor soluções para que esta relação de teoria e
prática se fortaleça e se formalize por meio das pesquisas que pretendemos
continuar realizando na área da educação, principalmente quando se trata de
língua escrita.
Sabemos que cabe á nós, como
futuros educadores não somente criticar, mas propor soluções para que esta
relação de teoria e prática se fortaleça e se formalize por meio das pesquisas
que pretendemos continuar realizando na área da educação, principalmente quando
se trata de língua escrita.
[1] Doutor em ciências da comunicação,
professor de televisão na ECA – USP.
[2] Entrevista extraída do site: http://www.eca.usp.br/prof/moran/significativa.htm
- Consultado no dia: 13/3/2011 ás 19h35min h).
[4] Entrevista.(Entrevista extraída
do site: http://www.eca.usp.br/prof/moran/significativa.htm
- Consultado no dia: 24/3/2011 ás 19 horas e 21 minutos.
[5] Educador conhecido por
alfabetizar adultos, partindo dos seus conhecimentos prévios, para em seguida
educá-los politicamente.
[6] Educadoras conhecidas pelos
trabalhos acadêmicos no campo da educação Grácia
Lopes Lima. Professora de Tecnologia Educacional um e
dois no Curso de Pedagogia na Faculdade Sumaré - matriz;
coordenadora do Grupo de Estudo e Pesquisa de Educomunicação e Formação de
Professores.
[7] Ferramenta digital de
comunicação: ”Blog:” os blogs são diários virtuais escritos na Web
de baixo do custo e com facilidade de publicação. Sua principal característica
é ter anotações em ordem cronologia inversas, ou seja, o comentário de hoje
fica na frente daquele feito ontem e assim por diante. A maioria dos blogs da
blogosfera são dedicados a notícias, tendências e opinião. Embora o índice de
mortadilidade dos blogs sejam alto, são criados diariamente 120 mil novos
fornecedores da ferramenta, p. ex, Blogger, Wordpress.( definição extraída das aulasd de Tecnologia Educacional
dois da professora: Heloíza Helena
Lanza.
[8] Projeto que faz parte do PROGRAMA
LER E ESCREVER da Secretária da Educação do Estado de São Paulo, que envia
universitários para as salas de alfabetização, para que os estudantes tenham
contato com as técnicas e praticas utilizadas pelos professores no segundo ano
do Ensino Fundamental.
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