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sábado, julho 02, 2011

A intenção da realização do trabalho


Introdução


- O que a escola deve fazer para, formar o aluno em conhecimentos, habilidades, valores, atitudes, formas de pensar e atuar na sociedade através de uma aprendizagem que seja significativa?


Relacionando a comunicação com a educação é possível realizar trabalhos que possibilitem à criança o exercício da leitura critica da mídia de tal forma de adquirir também cidadania, valorização cultural e um contato claro da realidade sociocultural na qual está inserida, criando-se desta maneira aquilo que Moran[1] nos indica como “ aprendizagem significativa”.
Tal questão foi colocada José Manuel Moran em entrevista televisiva. A resposta dada pelo doutor nos leva a reflexão:

A escola precisa re-aprender a ser uma organização efetivamente significativa, inovadora, empreendedora. A escola é previsível demais, burocrática demais, pouco estimulante para os bons professores e alunos. Não há receitas fáceis, nem medidas simples. Mas essa escola está envelhecida nos seus métodos, procedimentos, currículos. A maioria das escolas e universidades se distancia velozmente da sociedade, das demandas atuais. Sobrevivem porque são os espaços obrigatórios e legitimados pelo Estado. A maior parte do tempo freqüenta as aulas porque somos obrigados, não por escolha real, por interesse, por motivação, por aproveitamento. As escolas conservadoras e deficientes atrasam o desenvolvimento da sociedade, retardam as mudanças[2].

De acordo com Moran, a escola está cada vez mas, atrás da sociedade e em conseqüência disso acaba por se distanciando dos problemas reais existente na sociedade e deixando a aprendizagem sem sentido, ou seja, sem significado.
        
Como favorecer a aprendizagem significativa no contexto escolar?
Partindo de situações concretas, de histórias, cases, vídeos, jogos, pesquisa, práticas e ir incorporando informações, reflexões, teoria a partir do concreto. Quanto menor é o aluno mais práticas precisam ser as situações para que ele as perceba como importantes para ele. Não podemos dar tudo pronto no processo de ensino e aprendizagem. Aprender exige envolver-se, pesquisar, ir atrás, produzir novas sínteses fruto de descobertas. O modelo de passar conteúdo e cobrar sua devolução é ridículo. Com tanta informação disponível, o importante para o educador é encontrar a ponte motivadora para que o aluno desperte e saia do estado passivo, de espectador.[3]

Inspirados nos trabalho de Mario Kaplun[4], Paulo Freire[5], Grácia Maria Lopes de Lima Soares e Teresa Melo[6], acreditamos que se utilizarmos novas tecnologias, que estão presentes na vida dos estudantes podemos realizar a “aprendizagem significativa”, tornando os alunos autores.
Após algumas discussões com a professora com o grupo de Educomunicação (que relaciona educação com comunicação) na Faculdade Sumaré – matriz percebe que o aluno matriculado em escolas publica, da rede estadual, do estado de São Paulo, é bombardeado diariamente com propagandas e programas que incentivam o consumo por isso o trabalho de foi escolhido como tema do nosso trabalho.
 As utilizações de ferramentas, como Blog[7], auxiliam na formação de autores e na aprendizagem com significado? O interesse deste trabalho de pesquisa é como se dá a relação entre educação e mídia, por meio da análise de práticas já existente com o uso da ferramenta Blog, realizando o exercício da escrita realizada no espaço virtual, que auxilia na de formação de autores e dá significado a aprendizagem escolar, pois a partir do momento em que o aluno escreve para alguém, que não é o professor, começa a criar o prazer em escrever, pois só se aprende a escrever escrevendo.
Enquanto estávamos no projeto BEPA (Bolsa Alfabetização[8]), como auxiliar de sala e realizando observação das práticas realizadas pelo professor, percebemos que atualmente a mídia está muito presente hoje em nossa realidade em diversas formas, tais como: Rádio, Televisão, Internet, entre outros, de certa forma não deixam de nos influenciar em nossas opiniões sobre diversos assuntos e com isso acreditamos em muitas coisas que são passadas para nós, sem saber se as noticias são verdadeiras ou não, gerando em muitas pessoas uma alienação, ou uma opinião unilateral de fato. Por outro lado podemos utilizar essas mídias para a formação de pessoas mais críticas, por exemplo, se utilizamos a internet para nossas pesquisas, não se satisfazendo com o primeiro resultado apresentado, mas sim, com a comparação deles, ou no caso da utilização do rádio para nos informarmos de qualquer lugar, sobre as notícias de nossa cidade, bairro, ou até mesmo dos acontecimentos mais recentes da escola.
Ela, na maioria das vezes, ignora essas informações que a criança carrega, esquecendo que ela possui uma espécie de “bagagem cultural” criada pelos meios de comunicação que ela tem acesso, deixando de lado os seus conhecimentos prévios por meio  do ambiente sócio cultural em que a criança está inserida e que o contato dela com a escola é muito menor se comparado o tempo que passa utilizando as tecnologias voltadas para a comunicação.
O objetivo deste trabalho é refletir sobre a utilização das tecnologias, para a “Aprendizagem significativa” de crianças de sete e oito anos tornando-as autoras, mesmo que não dominem totalmente todas as regras da escrita, porque assim que depois de alfabetizada ela passará para a utilização de suas habilidades para escrever e se utilizar de sua escrita com sentido e significado, dentro e fora do contexto escolar.
É importante ressaltar que nossa pesquisa passou por diversas mudanças, de acordo com a realidade encontrada, por isso  um dos motivos de realizarmos a pesquisa etnográfica é que esta nos levou ao contato com a realidade (real e virtual), uma vez que o autor: Magnani nos diz que a pesquisa etnográfica:

A pesquisa etnográfica em sociedades desconhecidas exige familiaridade com o que é estranho, já na pesquisa etnográfica em nossa própria sociedade será preciso estranhar o que nos é familiar. Magnani é um dos autores que propõe fazer etnografia na cidade utilizando um olhar “de perto e de dentro” em busca de captar os mecanismos dos atores sociais que não são visíveis quando se olha “de longe e de fora”. Essa troca é a principal característica do trabalho etnográfico e os modelos explicativos extraídos dessa troca serão sempre o resultados do intercâmbio entre a teoria dos nativos e as teorias e explicações do pesquisador e, claro, sem perder de vista o quadro mais amplo no qual os fenômenos acontecem.
                                                                           
Esperamos contribuir de forma significativa para que haja uma reflexão, mesmo que pequena diante da realidade que se apresenta nas escolas. Sabemos que cabe á nós, como futuros educadores não somente criticar, mas propor soluções para que esta relação de teoria e prática se fortaleça e se formalize por meio das pesquisas que pretendemos continuar realizando na área da educação, principalmente quando se trata de língua escrita.
Sabemos que cabe á nós, como futuros educadores não somente criticar, mas propor soluções para que esta relação de teoria e prática se fortaleça e se formalize por meio das pesquisas que pretendemos continuar realizando na área da educação, principalmente quando se trata de língua escrita.








[1]     Doutor em ciências da comunicação, professor de televisão na ECA – USP.
[2]     Entrevista extraída do site: http://www.eca.usp.br/prof/moran/significativa.htm - Consultado no dia: 13/3/2011 ás 19h35min h).
[3] Entrevista.(Entrevista extraída do site: http://www.eca.usp.br/prof/moran/significativa.htm - Consultado no dia: 24/3/2011 ás 19 horas e 21 minutos.
[4]              Entrevista.(Entrevista extraída do site: http://www.eca.usp.br/prof/moran/significativa.htm - Consultado no dia: 24/3/2011 ás 19 horas e 21 minutos.
[5]              Educador conhecido por alfabetizar adultos, partindo dos seus conhecimentos prévios, para em seguida educá-los politicamente.
[6]              Educadoras conhecidas pelos trabalhos acadêmicos no campo da educação Grácia Lopes Lima. Professora de Tecnologia Educacional um e dois no Curso de Pedagogia na Faculdade Sumaré - matriz; coordenadora do Grupo de Estudo e Pesquisa de Educomunicação e Formação de Professores.
[7]              Ferramenta digital de comunicação: ”Blog:” os blogs são diários virtuais escritos na Web de baixo do custo e com facilidade de publicação. Sua principal característica é ter anotações em ordem cronologia inversas, ou seja, o comentário de hoje fica na frente daquele feito ontem e assim por diante. A maioria dos blogs da blogosfera são dedicados a notícias, tendências e opinião. Embora o índice de mortadilidade dos blogs sejam alto, são criados diariamente 120 mil novos fornecedores da ferramenta, p. ex, Blogger, Wordpress.( definição extraída  das aulasd de Tecnologia Educacional dois  da professora: Heloíza Helena Lanza.

[8]              Projeto que faz parte do PROGRAMA LER E ESCREVER da Secretária da Educação do Estado de São Paulo, que envia universitários para as salas de alfabetização, para que os estudantes tenham contato com as técnicas e praticas utilizadas pelos professores no segundo ano do Ensino Fundamental.

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